SOBRE MIM

O QUE FAÇO

Sou mãe de um adolescente, criadora de projetos, textos e canções, apaixonada pelo ser humano, pela educação, natureza e arte. Sou coordenadora da Comunidade e Centro de Aprendizagem da associação O MUNDO SOMOS NÓS, que co-fundei. Apesar da minha formação base ser em Relações Internacionais (área económica e política) e de ter estudado Gestão, um interesse crescente na educação de adultos e crianças levou-me a explorar várias áreas como a Medicina Natural (Macrobiótica, no I.M.P. e Zen-Shiatsu), Yoga, Parto Humanizado (Doula) e Educação Pré-Natal, e a colaborar na fundação de iniciativas associadas à revolução na alimentação, saúde, estilo de vida natural, educação e parentalidade. Mais tarde, empenhei-me em investigar várias abordagens educativas, entre as quais as de J. Krishnamurti, principal inspiração do cerne do OMSN, participando em diversas formações e visitando escolas em Inglaterra, Espanha e Portugal. Frequentei, na Suécia, a formação "Seminar Leader and Parental Coaching" do Family-Lab International, fundada pelo inovador pedagogo dinamarquês Jesper Juul. Integro os órgãos sociais da MEL - Associação Movimento de Educação Livre.

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O MEU PERCURSO

O meu nome é Ivone Apolinário. Sou mãe de um adolescente e nasci em Braga, Portugal, no ano de 1977. 

Sempre me interessei muito por outras culturas e por política, pelo que decidi estudar Relações Internacionais na Universidade do Minho. Antes, porém, passei pelo curso de Gestão na Universidade do Algarve, mas como não gostei do currículo, acabei por pedir transferência. Mal sabia, nessa altura, que "gerir" seria o meu futuro.

Em menina olhava à minha volta e personificava as árvores, as nuvens e os animais. Sonhava ser escritora de livros infantis. Ou poeta, de poemas simples, daqueles que todos entendem. 

Na adolescência só pensava nos palcos e a música tornou-se a minha grande paixão. Nada fiz com ela, senão sonhá-la, pois o medo da exposição condicionou-me todos os possíveis movimentos.

Na juventude acreditava que poderia mudar o mundo trabalhando em importantes organizações internacionais ou ONG's. Nunca quis colaborar com empresas porque associava-as à cega busca do lucro e do interesse próprio, muitas vezes à custa da ignorância dos cidadãos e do planeta, pelo que acabei a trabalhar na administração pública, na área da Justiça.

Quando percebi que o verdadeiro objetivo destas organizações não era o bem comum, mas sim a proteção dos interesses de um pequeno grupo, fiquei muito desiludida. Marcou-me, sobretudo, uma causa que me era muita querida desde o despertar da minha consciência social na adolescência e que acompanhei com todo o fervor, Timor Leste.

Aos 24 anos comecei a praticar e estudar Yoga (Iyengar) e Zen-Shiatsu com o Prof. José Oliveira, o meu primeiro "mestre". A sua presença e ensinamentos transformaram a minha vida e proporcionaram o meu primeiro grande despertar. Foi ele quem me falou, pela primeira vez, de Krishnamurti, de quem falarei mais adiante, e foi ele quem iniciou em Braga uma verdadeira revolução na área da alimentação e estilo de vida saudável.

Nessa senda fui, apaixonadamente, estudar Macrobiótica no Instituto Macrobiótico de Portugal em Lisboa com alguém que considero a pessoa que mais fez pela medicina, saúde, alimentação e estilo de vida natural em Portugal, o falecido Francisco Varatojo. O Francisco foi um "pai" para mim e para muitos e o que com ele aprendi ajudou-me a conhecer-me melhor a mim e também aos outros.

Os conhecimentos adquiridos com estes professores, os meus estudos como auto-didata e a sua aplicação prática resultaram na aquisição da minha própria experiência. Aprendi a curar-me com a ajuda da natureza e limpei profundamente o meu corpo. Resolvi problemas crónicos de saúde, resultantes do meu estilo de vida de jovem inconsciente e diagnosticados como "incuráveis". Deixei de comer carne e de imediato senti mais energia e mais força, ao contrário do que muitas vezes nos dizem. Pus em prática aquilo que aprendi sobre alimentação e saúde e senti-me renascer.

Pouco tempo depois, quando entrei em contacto com os ensinamentos de J. Krishnamurti, um conhecido filósofo e educador que havia de marcar a minha vida até hoje e que me revelou a perturbadora verdade sobre mim e sobre a sociedade, percebi que não podia mudar o mundo - só me poderia mudar a mim própria. E seria essa mudança em mim que afetaria o mundo, mesmo sem eu fazer nada. Essa percepção chocou-me primeiro, mas tranquilizou-me depois, abrindo em mim espaço e desejo para criar uma nova vida, em conjunto com o meu companheiro de vida nessa altura, que me acompanhava sempre em todas as aventuras. Juntos criamos um novo ser, o nosso filho Tomás.

Ao mesmo tempo que o Tomás era concebido, outro projeto estava a ser incubado, em conjunto com uma grande amiga, com quem fundei um restaurante macrobiótico vegan (Semente - Centro Macrobiótico de Braga). Foi neste projeto que, aos 29 anos, comecei, timidamente, a falar em público e a ultrapassar as minhas próprias limitações e bloqueios, porque "a verdade precisava ser dita às pessoas". Juntas criamos um curso de culinária que ainda hoje existe e no qual a Maria Clara Correia, como ninguém, consegue transmitir os seus conhecimentos e experiência na área da cozinha macrobiótica vegan e saúde a centenas de pessoas que dão os primeiros passos na mudança de alimentação.

Pouco tempo mais tarde ajudei uma amiga na fundação/renovação de um Centro de Terapias Holísticas, o "Nossas Mãos", onde iniciei as minhas aulas de "Ki Move" (alongamentos, exercícios de cultivo de energia, respiração e relaxamento, que anos depois viria a divulgar no Pavilhão Desportivo da Universidade do Minho, em Braga) e sessões de Zen-Shiatsu. Na mesma altura, apoiei outras pessoas a encontrar ou desenvolver os seus próprios projetos, fiz a formação de Doula (palavra de origem grega que significa "mulher que serve" e que foi divulgada pelo obstetra francês defensor do parto natural, Michel Odent), tendo apoiado futuras mães e mães no período da gravidez, parto e pós-parto e criei os meus primeiros cursos direcionados à gravidez e maternidade, numa perspetiva natural.

Pelo meio fiz teatro, comecei a cantar em público, trouxe a arte para o centro da minha vida e permiti que uma grande revolução acontecesse. Foi mais uma "morte do ego", que originou em mim uma profunda transformação interior e exterior.

Em 2013, após duas visitas a Inglaterra, à escola fundada por Krishnamurti (Brockwood Park School), co-fundei um projeto de Educação holística - O MUNDO SOMOS NÓS- onde até hoje estamos a tentar educar as crianças não só academicamente, mas também para serem mais sensíveis, despertando a sua verdadeira inteligência, bondade e responsabilidade para com o mundo.

Ao longo dos anos em que trabalhei horas a fio para estruturar, coordenar e ensinar no âmbito deste centro aprendi mais sobre mim do que em toda a vida. Vivi as experiências mais intensas e transformadoras de sempre, passei noites escuras da alma, aprendi sobre educação, parentalidade, empreendedorismo, comunicação, criatividade, música, seres humanos e, sobretudo, experienciei autoconhecimento. Aprendi também a manifestar, a criar, de uma forma cada vez mais fácil e natural, a manter uma mente simples, capaz de acreditar no impossível. Penso que o meu espírito sonhador da infância conectou-se com a terra e "pé na txon, karapinha na céu" passou a ser uma máxima de vida para mim.

As diferentes áreas que me apaixonaram ao longo da vida foram aqui encontrando espaço para se irem expressando em novos projetos como a Escola do Mundo e o Mundo da Floresta (a decorrer no Centro de Aprendizagem em Goães, Ribeira do Neiva, Vila Verde, para crianças a partir dos 6 e 2 anos, respetivamente), a Cozinha do Mundo, a Escola da Saúde, a Escola de Educadores, a Banda do Mundo, etc.

Inspirada por um retiro no centro Vale de Torre (com Hans & Kate Groenendijk), em 2016, senti necessidade de aprender mais sobre Detox e Raw Food, e criei um projecto nesta área que apresentei a uma pessoa que acabou por, temporariamente, concretizá-lo no centro de Braga - Taberna do Mundo.

Percebi que não tinha tempo suficiente para materializar todas as ideias que me surgiam, por isso comecei a abrir mão delas, a entregá-las a quem as pudesse tornar realidade.

Em 2017 descobri a abordagem educativa baseada em diálogo, relacionamentos e no papel do educador, de Jesper Juul, e decidi ir até à Suécia estudar Educação e Parental Coaching no Family Lab International fundado por este inovador pedagogo/terapeuta familiar. Nesta formação recebi em pouco tempo uma gigante aprendizagem sobre a família e o que ela revela sobre nós.

O despertar coletivo do ano 2020 teve em mim um profundo impacto. Senti necessidade de mergulhar mais dentro de mim, de me sossegar, de viver os processos em vez de me focar tanto nos objetivos, de usufruir mais da vida simples do meu lar e arredores. As necessidades foram diminuindo e comecei a valorizar mais os instantes, as sensações, a beleza que sempre esteve ali e que, não sei bem como, não conseguia ver. Em simultâneo, este ano extraordinário, trouxe-me uma grande "activação" interna, um fogo inexplicável, um espírito guerreiro e percebi que tinha chegado a hora, que não podia fugir mais do meu destino.

Decidi estudar este fenómeno interior com  Peter Bampton, co-fundador do Awakened Life Project, no Curso "Fire of the Heart", inspirado por um livro da sua autoria.

Em 2021 voltei a dedicar-me à escrita de textos e canções com o meu amigo João Canedo, com quem formei A Pétala, um projeto que, entretanto, está em 'hibernação', por falta de disponibilidade.

Em 2021 e 2022, decidi desenvolver o meu potencial na Escola da Espiritualidade na Matéria, com o Luís Martins Simões.

Durante 20 anos, um pouco on e off, trabalhei na área da Administração da Justiça, nos Tribunais, onde aprendi muito sobre a realidade portuguesa e sobre o ser humano. Em 2022 despedi-me da função pública e estou agora 100% entregue ao desenvolvimento e aprofundamento d' O MUNDO SOMOS NÓS.

Quando me pergunto qual é a minha profissão hoje (tenho tantas!), e após anos de experiências variadas nas áreas pelas quais me apaixonei, observo que o meu propósito, onde quer que trabalhe, é sempre o mesmo, criar um novo mundo. Porque o meu maior amor de todos é o ser humano. Posso fazê-lo a cantar, escrever, "yogar", educar, ensinar, conversar, escutar, solucionar, jardinar, a criar projetos que beneficiem o mundo todo e que ajudem o ser humano a tornar-se cada vez mais independente, responsável pela sua própria vida...Tudo o que eu fizer, toda a minha ação, será sempre no sentido de questionar, inovar, solucionar, comunicar, desbravar, partilhar. São alguns dos verbos com os quais me identifico. Há outro que se vai revelando, aos poucos, dentro de mim - amar. Por isso, abro espaço no coração para que as ações que tomo tenham o amor na sua génese. Mas abrir espaço não significa que ele nasça em mim. Com a meditação descobri que o amor nasce numa fonte dentro de nós, uma fonte que nunca pára de verter uma água pura e abundante. Para encontrá-la precisamos de observar a criação (a natureza). E precisamos também de solitude, de silêncio. Num mundo cheio de atrações e solicitações, nem sempre encontro o lugar para o "senhor" dos verbos, esse irregular Ser. Este é o meu processo na atualidade.

Vejo como construtores do novo mundo as crianças e adultos que vivem uma vida sã, natural e consciente e para isso precisamos de educação, num sentido integral.

Por isso estou aqui, para fazer o que mais me apaixona, partilhar o que aprendi!

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